domingo, 20 de maio de 2012

05 - Callisto Erga-se


Zuranthus: Terráquea, uma estrela cai em minha língua.
                        Venha a mim, filho de Hyperion...
                        Venha a mim, prole de Titã.

Almas Condenadas da Irmandade da Elucidação Negra: Callisto erga-se! Glória ascendente! Ouça Zuranthus, herdeiro de Klatrymadon… sua prole está livre mais uma vez! A divindade de sua descendência destruidora ,Zurra, espalhou sua virulência destrutiva sobre o firmamento!

Zurra: Quebre o selo sideral, meu progenitor! Abra o portal astral! Dê-me o Léxico... dê-me o que é meu por direito! Destrua a luz-guardiã... Mate!

Zuranthus: Queda… o firmamento chora por esta estrela caída. A ondulação cósmica… Contemple meu esplendor, progêne de Titã!

Almas Condenadas da Irmandade da Elucidação Negra: Callisto erga-se! Deusa ascendente! Ouça Zuranthus, herdeiro de Klatrymadon... numa tolice você pode devorar o luminoso sentinela que vincula este fragmento cristalino do Léxico para expor Callisto... Empodere sua prole renegada... liberte nossas almas! Monte a tundra... tecedor das névoas!

Zurra: Liberte a si mesmo, irmão Zuranthus, pai Zuranthus! Presenteie-me com o fragmento que busco... dê-me minha divindade, ou eu condenarei sua flácida essência para uma dimensão de dor imparelhável! Mate!

Zuranthus: Não ouse me ameaçar, verme. Minha jurisdição aqui é predestinada... e não sofrerei mais de sua arrogância, ó híbrido errante. O poder do Léxico não está destinado a ser possuído por alguém como você. Vá!

Klatrymadon: Que encantador… tão eloquente na sombra da morte. Diga-me, meu soldado... Onde você enviou o filhote renegado?

Zuranthus: Muito além, através dos tênues filamentos da grande teia temporal. Como você me ensinou, nesta dimensão, a própria velocidade não é mais limitada pela velocidade da luz.

Almas Condenadas da Irmandade da Elucidação Negra: Nébula bipolar! Uma estrela cadente! O portão escancara-se sobre a oculta Mú...O destino do demônio hibrido dos Z’xulth o aguarda sobre aquela ilha brilhante.

Zurra: V’aan-ayth’ultaa, No’maal-pha’guus.... Maldito seja, Zuranthus... Você pagará caro por este ultraje, juro pelas entranhas negras do sagrado Z’xulth! EU NÃO NEGAREI MEU DIREITO DE NASCENÇA!

Zuranthus: A sua própria existência é uma virulência que nubla a face dos cósmos, ó aberração! E pensar que um plano tão grande com intenções tão magestosas e benignas pudesse produzir tal resultado incompreensivelmente vil! Maldito seja o dia negro de sua gênese nos tonéis-reprodutores sob o mar Pré-Cambriano! Maldita seja a corrupção dos Z’xulth! Malditos sejam os Mera por suas grandiosas aspirações! Zurra, marque-me... Não fique em meu alcance negro, não permita que eu crave minhas mandíbulas em sua alma.

Almas Condenadas da Irmandade da Elucidação Negra: Poupe-nos de sua ira, grandioso, nós imploramos-te. Criador do trovão... adorado. Callisto erga-se!

Zuranthus: Humanos! Vocês que invocam meu nome para continuar seus próprios planos perversos! Eu não os garanti com conselhos durante os séculos? Não fui eu quem respondeu gentilmente as suas súplicas por conhecimento com a sabedoria selecionada especialmente para ser compreendida pelas suas flácidas mentes ansiosas? Agora, mais uma vez vejo o uso que vocês fizeram deste conhecimento! Libertar os demônios dos quais os nomes estão gravados no Tomo das Sombras por sua conta em risco! Será que seus antepassados não aprenderam sua lição com o enegrecimento da metrópole cristalina? Não busquem invocar meu nome novamente, tolos homenzinhos! Vocês propõe me reverenciar como uma divindade? Vocês me julgam como um deus? Bem então, contemplem minha divindade... e orem!

Grande Árbitro da Jurisprudência Temporal: Escute, jovem Zuranthus. Eu invco-o para comparecer ante a Grande Corte Temporal. Nós temos um assunto urgente para discutir contigo.

[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]

sexta-feira, 20 de abril de 2012

03 - O Léxico Empyreo


O Guardião do Fragmento Negro: Então, começa novamente.  O eterno confronto pelo domínio do códice cristalino. Eu havia previsto este dia, o dia em que o Cão de caça dos Z’xulth viria buscando o Fragmento Negro do poder.  Muito tempo atrás, quando esta estrela ainda ardia brilhantemente com uma vida gloriosa e incandescente, fui encarregado com a tarefa de proteger isto, o fragmento mais perigoso do Léxico, guardando-o do toque daqueles que abusariam de seu potencial inigualável. É um mandato ao qual eu devo seguir enquanto a fagulha da vida permanecer no interior de minha forma anciã. Tão frios são os espaços entre as estrelas... Pois sóis enegrecidos são o único legado de mundos há muito perecidos.

Zurra: A chave para o mundo da Transcendência! A chave para o mundo da Transferência! Iluminação flui do icosaedro! O Fragmento Negro aguarda minha mão, e com seu poder eu libertarei os donos legítimos do Léxico... os verdadeiros governantes do cosmos! Salvem os Z’xulth! Salve Z'xulth!
X’atham-ry’aa! Tha’zai-tonn!
Mais negros que vinte infernos,
Onde horrores astrais vivem,
Reinos macrocosmicos flamejem...
Presas dos demônios que não têm nomes!
X’atham-ry’aa! Tha’zai-tonn!
Mais negros que vinte infernos...
Onde horrores astrais habitam sublimes,
Reinos macrocosmicos flamejem...
Dobrem-se aos deuses que não têm nomes!

O Guardião do Fragmento Negro: Tão frio, no coração de uma estrela congelada... Segure tua mão e tua língua, escravo das Trevas Exteriores...  Certamente você não é tão tolo ao ponto de ousar libertar os terríveis Titãs dos Z’xulth!

Zurra: Escondido dentro do núcleo flamejante deste sol está o que busco, velho. Não tente me deter, permita que os horrores do esquecimento sejam um bálsamo para a sua mente apodrecida pelo tempo. Eras atrás eu travei guerras lado a lado dos Z’xulth, causando a ruína de nossos inimigos através da tapeçaria intricada do cosmos, martelando os alardeados Kl’aa e seus cães até à beira da aniquilação! Com a libertação de minha irmandade, o universo mais uma vez tremerá aos passos de seus regentes legítimos! O Léxico será meu... Contemple o códice cósmico! O tomo do abismo astral!

O Guardião do Fragmento Negro: Pelos eternos antepassados do multiverso! O mal permeia sua alma como uma corrupção gangrenosa dentro de uma ferida maligna, jovem prole do Caos! Eu testemunhei sua criação dentro dos Tanques Chocadores de Mera sob as profundezas dos oceanos Pré-Cambrianos! Você foi um experimento glorioso, a primeira descendência genética do poderoso Zuranthus, o grandioso de quem seu modelo genético foi utilizado para a sua gênese.  E ainda assim a traição vil movia-se, pois sua matriz foi contaminada pelas células de um demônio capturado dos Z’xulth. Nunca antes as miríades galáxias testemunharam ódio tão imprudente e inextinguível... nunca o cosmos contemplara  tanta ira e corrupção inigualáveis! Tamanho mal diabólico... sublime malevolência macrocósmica!

Zurra: Tornei-me muito mais do que os Sucedâneos pretendiam! Fui descartado pelos meus criadores, um praia e uma aberração... jogado nas profundezas sem luz do Poço da Chama Negra... Mas eu resisti, e sonhos de vingança me sustentaram! Eu serei o pai da nova raça suprema que cruzará o cosmo e trará o glorioso abraço das Trevas Exteriores a todos os habitats da criação! Os Z’xulth governarão tudo, e a glória de seu reinado brilhará como um farol furioso através da extensão ilimitada do multiverso! Todos deverão se ajoelhar perante nós! Medo é o poder... Terror é a chave!
X’atham-ry’aa... Tha’zai-tonn!
Estou repleto do domínio soberano! O portal para as Trevas Exteriores será aberto! Aqueles-Que-Espreitam-E-Procriam-No-Limbo serão livres!
Eu venci... curvem-se, rendam-se, ajoelhem-se!
Escureçam o Sol... Narra, Gorra, Kaasha!
Ascendo... curvem-se, rendam-se, ajoelhem-se!
Parélio morre... Narra, Gorra, Kaasha!
Já consigo provar os doces icores da onipotência sobre meus lábios... Que comece! O Fragmento Negro será meu!
X’atham-ry’aa j’aiigh! Tha’zai-tonn nax’a-gorrha!

O Guardião do Fragmento Negro: Pelas sucedâneas asas grisalhas de Klatrymadon! Estou sendo golpeado pelo diabolismo do Cão de Caça de Z’xulth! A vida é drenada de mim, as estrelas tremeluzem e desvanecem nos céus!  Estou arruinado pela lâmina envenenada do mal! E assim com meu último suspiro, eu invocarei aqueles que ainda podem frustrar seu anseio por poder, Zurra prole de Zuranthus! Tão frios, os espaços entre as estrelas...

Zurra: X’atham-ry’aa... Tha’zai-tonn... O Fragmento Negro é meu! Combinado com o poder do icosaedro, o fragmento cristalino aumentará dez vezes minhas energias anoitecidas! Com cada peça nova que se encaixa em seu lugar, o grande quebra-cabeça cósmico ixonerávelmente continuará a iluminar meu caminho para o poder supremo! O Portão Astral escancarará mais uma vez e minha laia sombria novamente conhecerá a glória da liberdade sem correntes... e juntos, nós recuperaremos os fragmentos restantes do Léxico e aniquilaremos completamente os antigos inimigos do Z’xulth! Mas primeiro, sinto que uma audiência com meu renomado progenitor já está mais que atrasada... e ainda voto para que não seja uma reunião favorável! O sangue de Zuranthus ungirá minha lâmina de zircon, isso eu prometo a ti!

O Guardião do Fragmento Negro: Tamanha carnificina moldada com sua língua malevolente, ser negro... Quais  horrores incompreensíveis moram no interior de sua maldita alma sem luz? O que fará uma vez que o poder do códice estiver em suas mãos maléficas? Seja cauteloso Zurra, pois o Léxico consome todos aqueles que buscam manipular seu poder insustentável! Sua mente é forte o suficiente para portar o poder de um deus, oh cria do Z’xulth? Não atenda à voz do Léxico... ou seus sussurros o levarão à loucura!

[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]

02 - Os Viajantes Sob Mare Ibrium



Palavras recolhidas do Cristal da Memória:
Viajantes, algo nos chama... outros nos conhecem simplesmente por Kl'aa. Nosso nome verdadeiro fora perdido além do véu da eternidade por mais tempo do que até nós mesmos possamos compreender. Viajantes nós somos por natureza, atravessando os intermináveis reinos do multiverso e prestando testemunho a atos de criação sublime, e à ações de destruição cataclismica. Não muito tempo atrás pelo cálculo do fluxo temporal, nós registramos o nascimento da humanidade, uma curiosa espécie projetada aos caprichos dos sucedâneos Merans com os quais nós dividimos o dominío de míriades de galáxias. Nossos inimigos são muitos, dentre os quias estão os temíveis Z’xulth, aprisionados no inteior da temida Galáxia Negra, mas sempre tramando para se libertarem e honrarem seu mandato negro, desencadeando sua devassa obliteração sobre o universo e escravizando as raças inferiores do cosmo. Aye, nós somos antigos, e já haviamos previsto a hora de nossa passagem dos anais da criação. De um tempo além do tempo, nós viemos. Nós, que uma vez erguemos as ondas do grande mar astral... e que agora devemos lutar novamente pelo dominío das estrelas...

Súplica do Mestre das Chaves da Quarta Lua:
Desperte... desperte! Esfera Telúrica!
Desperte! Acene para a lua... Telúrica!
Resurgente... sob a lua... Efêmoro... Sonhando para sempre...
O núcleo cristalino foi ativado novamente, após incontáveis éons de dormência!
As salvaguardas estão ativadas! O Léxico Empyreo está chamando! E Ele que dorme contigo, o Cão de Caça dos Z’xulth, ouvira seu incesante chamado! Zurra despertera!

Zurra: Por todos os deuses negros dos Z’xulth! A vida flui atavés de meus músculos sucedâneos mais uma vez! Por muito tempo eu aguardei, por muito tempo eu dormi, meu poder  negado pelas maquinações de meus inimigos! Que incompreensíveis eras passaram-se durante meu encarceramento sob esta esfera desolada? Preparem-se rápido, Viajantes arrogantes! O híbrido arruinado descartado por seus progenitores está livre novamente! Meus irmãos serão libertados! O Léxico será nosso! O grande selo luar foi quebrado... nós estamos livres... livres para governar! É chegada a hora... é chegada a hora!

O Viajante Primordial: Por mais de dez mil anos nós dormimos sob estas craterosas pedras sem vida... O núcleo cristalino do Léxico finalmente fora exumado do abraço das areias rubras da quarta esfera! Nosso poder, antes drenado por termos travado a batalha épica com os emisários da sombra, está finalmente renovado! Os filamentos da criação flamejam novamente com energia astral! As veias do cosmo podem pulsar novamente, cursando com a mana sideral que empodera nossas almas atemporais! Nós ouvimos o suspiro de mil almas... agora finalmente escutaremos o chamado do cosmo mais uma vez! A batalha pelo Léxico deve começar novamente!

Zurra: Tolos! O Portal da Luz Negra fotificara-se. Resta somente uma lua na órbita desta penosa esfera azul. Os choramingantes símios- humanos cumpriram uma parte do potencial que os Mera teceram em sua configuração genética... os homens descobriram o icosaedro!  O chamado do Léxico pode ser novamente ouvido por todo o sistema estrelar, chamando meus irados irmãos para retornarem ao abraço carnificinico do combate! Nós vencemos! Este mundo insignificante tão prezado pelos Sucedâneos será o primeiro a sentir a fúria dos verdadeiros deuses! A esfera azura é nossa... nossa para escravizar! Todo o universo em si há de se tornar o dominío dos Z’xulth!

O Viajante Primordial: Você! Você que fora abraçado pelas insidosas manipulações d’Aqueles-Que-Espreitam-E-Se-Geram-No-Limbo... Você que jurou devoção ao nosso mais escuro inimigo... aliando-se com os temíveis titãs dos Z’xulth...  Vá-se embora de minha vista, traidor! Fora, Zurra... demônio hibrído do vácuo-inferior! Venham, companheiros de viajantes cansados... a guerra está longe de ser vencida. Nós devemos nos entrelaçar e mais uma vez nos prepararmos para a batalha. Os fragmentos do Léxico devem ser guardados das embreagens do caos! Libertem-se das amarras do sono... a galáxia susurra nosso nome.

Súplica do Mestre das Chaves da Quarta Lua:
Viajantes! Despertem! Acenem para a lua, apoderai-vos com as energias da teia sideral. Sejam reabastecidos! Ressurgentes! Sua nêmese busca vingança! Zurra se apoderou do icosaedro... o núcleo do Léxico! Os Espectros dos Fragmentos devem ser negados a eles! Que ele não domine o firmamento! Escravize as estrelas! Por Klatrymadon e Zuranthus, o Portão Astral deve permanecer fechado!

Zurra: Escutai, prosélitos de uma raça morta... Meu poder será absoluto... maior até mesmo que o do antigo Mera! Com a ajuda de meus irmãos negros eu esmagarei a esfera Telúrica, e os flácidos sacripantas que se empenharem em vão para salvaguardá-la...  Nós buscaremos o próprio coração de nossos inimigos, o mundo natal dos  Sucedâneos! E vocês, seus lacaios serão largados aos restos! Sim... O sonho acabou! Agora, que a vingança comece!
[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]

terça-feira, 17 de abril de 2012

01 - O Despertar das Estrelas

Revisto no Mandato da Ascensção:
Com apenas um gesto de minha mão incórporea ilumino o coração de um sol recém-nascido, Celebrando como sua incandecente  radiância estrelar engole minha forma sucedânea. Contemplando através do ilimitado, do cósmo estígio,
Eu ouço a voz susurrante do destino ecoando pelos ventos solares...
Não é uma tarefa pequena, acordar um universo de seu topor.

Palavras coletadas do Cristal da Memória:
Em 2014, escavações litológicas na Quarta Colônia de Marte desenterraram um artefato de origem desconhecida, aparentemente não-humana; um icosaedro de uma composição metálica, não terrestre, desconhecida, inscrito com estranhos signos e glifos, indecifráveis. Após longos meses de estudo intenso, experts em epigrafia na Terra descobriram um tênue paralelo entre a línguagem desconhecida do icosaedro e certos hieroglifos Astecas obscuros, e assim foram capazes de extrapolar um significado para as inscrições não terrestres. A tradução falava de um lendário receptáculo de conhecimento supremo conhecido como o Léxico Empyreo... um códice de origem alienigina que diziam conter incríveis segredos cósmicos; palavras arcanas e ondas psiônicas de poder  que eram as chaves para destrancar uma rede de tranferência-neural de portais conectando as míriades galáxias do multiverso, e também os meios de transceder as fronteiras do tempo-espaço continuum, permitindo seres corpóreos a viajarem entre as dimensões e trafegar à vontade pelos reinos desconhecidos que se escondem entre os universos, tocando as energias infinitas que permearam o tecido sideral do cosmos. A tradução do icosaedro de Marte também contavam sobre um perturbador conflito pangalático que foi travado pela posse do códice entre os misteriosos seres cósmicos que nomeavam a si mesmos como os guardiões do Léxico e algum terrível inimigo sombrio mencionado vagamente no texto alien. A batalha final desta guerra de poder cataclismíco aparentemente fora travada no próprio sistema solar da Terra, e os Guardiões do Léxico, com seu poder esgotado e balançando à beira da derrota, despedaçaram o Léxico em miríades de fragmentos, espalhando-os pelo sistema estrelar para impedir os segredos do Léxico de caírem nas mãos de suas nêmeses sombrias. Segundo o artefato Marciano, vários fragmentos do Léxico foram escondidos no terceiro planeta do Sol, a própria Terra. Um fragmento foi secretado na antiga Atlântida, outro em Lemúria. Outras peças do códice cósmico caíram em Ys e em Mú, uma terra velada pelos éons. Era dito ainda que outros fragmentos do Léxico foram escondidos em algum lugar sob a superficíe congelada da desolada lua Callisto, e nos outros misteriosos corpos celestes Hyperion e Titan. Finalmente, o artefato alien falava misteriosamente de algo escondido sob a craterosa superficíe da própria Lua da Terra. Averiguando as coordenadas do icosaedro de Marte, uma expedição embarcou imediatamente da Base Lunar Epsilon IV e começou a escavar a esfera lunar. Então uma advertência oculta fora ignorada, e ninguém poderia saber o que esperar enquanto as maquinações da humanidade violavam a antiga superficíe da cratera Mare Imbrium...

[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Capítulo 3: Professio Macabre ex Chaos

       Finalmente, após meses de caçada, pegamos o maníaco.  Embora seja muito dificíl, ajuda muito quando a população se move para ajudar a encontrar um assassino desses: a taxa de crimes até diminuiu, parece que os bandidos têm medo de alguém pior que eles... não é para menos, ninguém quer virar o próximo quadro da galeria macabra que o “pintor“ deixou por aí.
Não me lembro ao certo o que houve ou como chegamos aqui, quero dizer, lembro-me, mas não agora, não neste momento. Agora tudo o que interessa é que esse demente está correndo e nós estamos em seu encalço. É tudo que importa: eu, Bullock, Emmerich e nossas armas loucas para colocarem balas fumegantes dentro do cérebro negro desta besta.

    Ele entra numa casa abandonada, perfeito. Paramos ao lado da porta, ninguém diz nada, posso ouvir as narinas de Bullock captar cada partícula de ar em volta de nós. Emmerich chuta a porta enetramos, com armas preparadas: nada. A casa é maior por dentro do que aparentava, nos deparamos num hall enorme, oval, com piso de mármore branco, e uma rosa dos ventos pintada no chão. À esquerda da porta havia uma escada para o próximo andar. Tudo mais estava escuro como uma floresta. De repente, uma risada veio de algum lugar, maléfica, assustadora, entrava por nossos ouvidos e rastejava como vermes em nossos cérebros, vomitando em nossas mentes. Bullock , Emmerich e eu ficamos de costas um para o outro, armas engatilhadas, o suor frio como gelo desce meu pescoço. Então, a rosa do ventos sobre a qual estamos brilha vermelha, uma luz pálida, cadavérica, que não ilumina nada, a não ser o medo e a loucura na alma dos homens. Bullock diz que suas pernas estão estranhas, ele parece agachar mais e mais, então ele olha pra baixo: ele está sendo engolido pelo chão! Instintivamente seguro uma mão dele, Emmerich faz o mesmo com a outra, puxamos o mais forte que podemos, mas não adianta, ele é engolido como se o mármore fosse um rio. Meu grito mal termina de ecoar e vejo que Emmerich também está sendo engolido... e some.
Como isso é possível?  Como ele fez isso? Onde está esse demente? O que é essa luz? Onde estão Emmerich e Bullock? Quem é você seu maníaco? Então percebo a luz dimininuindo sua intensidade, tornando-se uma faixa escarlate no chão, movendo-se como uma cobra, formando uma imagem oval, e dentro uma esfera... um olho? Levo minha mão ao pingente que carrego no pescoço quase que insitintivamente, ele está quente. Do olho desenhado de luz, começam a formar duas “pernas”, como se formassem uma letra R. O Olho de Hórus? Será que os deuses ouviram minhas súplicas e estão me dando uma luz neste local terrível com este maníaco? Será que o sumiço de Emerich e Bullock fora obra divina para salvá-los? Estou começando a sentir uma pontinha de esperança nisso tudo. Então pego a ansta que carrego no peito e ela está realmente quente, muito quente, quase queimando minha pele, e o que olho me aterroriza: ela está negra! Neste exato momento uma risada abominável é dada, o desenho de luz no chão contor-se, vejo o R tomar a forma de outra letra: o N. O olho antes trazendo serenidade e sabedoria, agora traz terror e loucura, e mil tentáculos saem deles em todas as direções: não, não é mais o Olho de Hórus, é o Olho de Nephren-Ka!

    Deste símbolo de insanidade e horror no chão, surge uma figura, rindo blasfêmicamente, sua forma é como a de uma sombra viva, com tentáculos formando-se em seus pés e subindo até a cabeça. Grito mas não escuto nada, e dois de seus tentáculos, um de cada lado, mostram-me as figuras de Bullock e Emmerich: limpos, abertos, como porcos pendurados em um gancho de açougue. Lágrimas escorrem de meus olhos e eu ajoelho, impotente, com o pingente corrompido queimando minha pele, vejo a figura abominável erguer uma mão em minha direção e um de seus tentáculos voarem em direção a mim. E assim, com um tentáculo monstruoso de um assassino voando em direção à minha cabeça, eu...

...ACORDO!

     Gotas de suor gélido escorrem insanamente de meu rosto até meu peito, minha operação está ofegante. Meu pingente de ansata ainda está frio e dourado, levanto da cama segurando-o. Vou até a sacada, não antes de pegar o porta-retrato em cima da minha mesa de cabeceira. Olho para a lua crescente e a Canis Major brilhando no céu, o vento noturno mexe em meu cabelo suavemente, como ela fazia... olho para a foto em minha mão e permito-me sentir, lágrimas de dor emocional caemcomo cascatas de meus olhos. Sara... como eu preciso de você agora nesta loucura toda

sábado, 10 de dezembro de 2011

De Warhammer 40,000

O texto abaixo é uma tradução da página sobre Warhammer 40,000 extraída do site www.tvtropes.org. Eu a fiz porque não existem muitas coisas em português sobre W40k e achei interessante traduzi-la. Divirtam-se.

Esqueça o poder da tecnologia e da ciência, pois há muito eles estão esquecidos, nunca para serem re-aprendidos. Esqueça a promessa de progresso e entendimento, pois no negro e temível futuro há apenas a guerra. Não há paz entre as estrelas, apenas uma eternidade de carnificina e matança, e a risada de deuses sedentos.


Warhammer 40,000, informalmente conhecido como "Warhammer 40K" ou apenas "40K" é um jogo de estratégia com miniaturas da Games Workshop. Tirando influências de seus predecessor Warhammer Fantasy Battle, começou como "Warhammer no Espaço", mas com o passar do tempo ele foi se distinguindo de sua contraparte (e se tornando muito mais popular)

Junto de seu cenário sci-fi, o que faz 40K único é sua escuridão extrema. Trinta e oito mil anos no futuro, o cenário do jogo é uma galáxia infernal cheia de horrores que se rivalizam até mesmo com as mais perturbantes Monstruozidades Lovecraftianas. A premissia básica de 40K, o máximo que pode ser resumida, é a de um eterno e impossívelmente vasto conflito entre um número absurdamente poderoso de facções genocidas, xenôcidas e (pelo menos em um caso) omnicidas, usando cada arma, ideologia e a todas as mais criativas formas de corrupção imagináveis elevados à elésima potência.

A facção central, o Império dos Homens, outrora possuía glória imesurável, mas agora é uma teocracia facista na qual o messias fora preso a um suporte vital pelos útimos dez milênios, por causa da traição de seu filho mais amado. Uma incompreensívelmente vasta Igreja Militante comete atrocidades horríveis em seu nome quase todo dia. Milhões de Super Soldados- Cavaleiros Templários caprichosos, fanáticos e genéticamente aprimorados (Space Marines) e Freiras de Batalha pirômaníacas igualmente fanáticas (Sisters of Battle) servem como as forças especiais do Império, enquanto seu exército regular conta com TRILHÕES de homens e leva o "desapego à vida humana" a novos e interessantes extremos (Imperial Guard). Uma Inquisição futurista caça impiedosamente qualquer um com o menor traço dos hereges, dos mutantes ou dos aliens. Tecnologia - que, na melhor das hipóteses, mal evoluira nos últimos vinte mil anos - é considerada mágica por muitos porque a ciência por trás dela fora esquecida há muito tempo atrás e os degenerados Culto das Máquinas que preserva e reproduz o que sobrou dela considera a inovação uma blasfêmea contra a sabedoria dos antigos. A Dobra, o meio de transporte mais rápido que a velocidade da luz da qual o império depende, tem uma grande chance de ser violentada por Demônios, e a Astronômica, a nave de apoio usada para ajudar no trafégo da Dobra, é energizada pela alma do Imperador-Deus e pelo sacrificio diário das almas de milhares de telepatas humanos, morrendo aos montes para alimentar a máquina.

O problema é, que por mais mau que Império seja, eles não são tão maus quanto as várias outras facções; morrer quamdo você as enfrenta é o melhor destino que você esperar. A antiga e misteriosa raça manipuladora, pairando à beira da extinção, maquinando guerras que matam bilhões para que pequenos punhados de sua raça possam sobreviver (Eldars), enquanto seus primos depravados DEVEM passar a vida perpetuando chacinas em massa e torturas a sangue frio para previnirem sua própria destruição (Dark Eldars). Vastos Enxames de Insetos que querem devorar toda e qualquer coisa orgânica na galáxia como parte de seus ciclos de vida naturais (Tyranids). Uma civilizacão inteira Maníacos Omnicidas imortais que levam o desejo de seus mestres e deuses-estrelares de exterminar TODAS as criaturas vivas, até mesmo a menor bactéria (Necrons). Uma espécie guerreira genéticamente modificada infesta cada canto da galáxia e tenta alegremente matar qualquer outra coisa (incluindo uns aos outros, se não tiverem nada melhor pra fazer) porque isso está literalmente escrito em seu código genético... e porque é divertido (Orks). A coisa mais próxima de "mocinhos" que você pode encontrar aqui é um pequeno império alien cercado por todas as outras facções, e eles podem ou não ter uma quedinha por forçar novos aliados ao seu império através de bombardeios orbitais, campos de concentração e um possível controle mental feito por umas poucas elites benevolentes... mas pelo menos eles vão te oferecer um convite de se juntar ao clube antes de fazerem essas coisas (Tau). Muitas dessas facções têm um inimigo em comum nas Forças do Caos, que infestam a Dobra, existem para corromper tudo o que tocam e são bem conhecidos pelos seus dois grandes buracos so tamanho de dois anos-luz na realidade por onde incontáveis demônios (Daemons) e super-soldados corrompidos com poderes demôniacos (Chaos Marines) tentam periodicamente trazer o universo à ruina.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Clamem Devastação pela Glória, e a Aniquilação dos Titãs do Caos (O Esplendor de Mil Espadas Brilhando Sob o Brasão do Império Hyperboreano parte III)

[O Oráculo Pré-Diluviano:] Contemple gloriosa Hyperborea, jóia brilhante do norte; um reino coberto de éons gravado eternamente nas lendas antigas e reconhecido por seu esplendor marcial... mas ultimamente, um vento maligno susurra por seus opulentos labirintos de cidadelas de mármore...

ANTES:

Episódio I:

O Esplendor de Mil Espadas Brilhando Sob o Brasão do Império Hyperboreano


Episódio II:

O Soberano Negro do Caos é Despertado no Encantado Templo de A’zura-Kai (O Esplendor de Mil Espadas Brilhando Sob o Brasão do Império Hyperboreano parte II)

AGORA:

Clamem Devastação pela Glória, e a Aniquilação dos Titãs do Caos (O Esplendor de Mil Espadas Brilhando Sob o Brasão do Império Hyperboreano parte III)


[Altarus:] E assim, chega o fim. Você aprendeu muito, jovem Xerxes. Seu treinamento está quase completo. Os anos os quais você passou aqui no Praxedum foram árduos, mas a recompensa do aprendizado que você ganhara ultrapassa as difíceis tarefas que você agüentou. Muitas lições você aprendeu, e uma delas é que o conhecimento nunca vem sem um preço, meu neófito.

[Xerxes:] Sim, mestre Altarus. Eu segui muito bem a sua tutela, e tua sabedoria tem me sido um grande bálsamo durante as muitas provas as quais eu passei. Eu agora posso comandar as Névoas do Oráculo, e o Grande Olho do Universo se abre ao meu comando. E ainda, antes que eu seja posto ante da última inspeção dos Anciões, peço para que eu tenha permissão para olhar para a vista sideral mais uma vez, para testemunhar o resultado final do grande embate que me cativou tanto durante meus estudos no Praxeum.

[Altarus:] Ah sim... o conflito épico entre o Soberano Negro do Caos e o Herdeiro-real do orgulhoso Império de Hyperborea. Muito bem meu jovem aprendiz. Comande as estrelas para que lhe divulguem seus mistérios... olhe profundamente dentro das Névoas Incompreesíveis , e a ruínosa carnificina de A’zura-Kai será mais uma vez mostrada ante seu olhar curioso. Aye Xerxes, pela terceira vez você invocou a sitiada visão noturna de Hyperbprea... Agora preste atenção, pois a batalha final está em mãos!

Capítulo 7: A Última Batalha Contra o Caos

[Altarus: ] E um sol escarlate ergue-se lentamente sobre o Campo de Sangue... e assim estavam as pilhas-cadavéricas dos mortos que aspiravam tocar a furiosa esfera. Sombras suavemente se aproximavam e tocavam as massas de corpos dos tombados, enquanto o Rei reunia os sobreviventes da batalha contra o Caos para um último ato de desafio...

[Lord Angsaar:] Impertinentes vermes mortais! Vocês realmente aspiram prevalecer contra mim? Eu sou o Veneno dos Reis Atlantes, O Flagelo de Lemúria, Arqui-inimigo dos Imortais de UltimaThule! Muito antes do Homem ter sido expelido grotescamente do Lodo Primordial, eu travei guerra com os deuses e derrotei a eternidade!

[Altarus:] Lord Angsaar, o Soberano Negro do Caos, estava à beira da vitória suprema. Por meio de suas traiçoeiras manipulações, ele havia cuidadosamente atraído as forças de Hyperborea para a batalha no Templo de A’Zura-Kai, posicionando suas legiões de espectros vorazes contra as corajosas forças do Império Hyperboreano, e durante o combate seus agentes do mal tomaram o Nono Cristal de Mera da posse do Rei. Com as energias cósmicas do templo aumentado o poder empírio do Nono Cristal de Mera, Angsaar triunfantemente completou o rito arcano que quebraria as algemas encantadas que até aquele momento mantiveram sua encarnação fisíca confinada dentro da Camara do Sono. Invocando o portal interdimensional do qual somente o poder mistíco do Templo aliado com os encantos do Cristal poderia gerar, Angsaar canalizou sua presença demônica de sua prisão enegrecida diretamente para o visceral Campo de Sangue. E assim, o feiticiço de confinamento tecido éons atrás pela nêmese imortal de Angsaar foi quebrado, e naquele fatídico dia o temível Soberano do Caos pisou no mundo dos homens mortais mais uma vez. O Rei, ladeado pelos poucos e bravos sobreviventes do destruidor massacre dos Espectros, permaneceu desafiante ante o devastador olhar do Caos....

[Lord Angsaar:] Ah, grande Rei de Hyperborea! Minhas algemas místicas finalmente estão quebradas... Eu estou livre mais uma vez! Seu exército está perdido, seu reino é meu... ele será abençoado com a honra de ser o primeiro a cair ante meu novo massacre! Curve-se perante a mim em obediência!

[O Rei:] Nunca! Por muito tempo suas doentias maquinações pairaram como uma cortina preta sobre a gloriosa Hyperborea... você invadiu todos os meus sonhos e semeou as sementes virulentas de sua base traiçoeira dentro de minha corte. Isto acaba aqui, arce-demônio!

[Lord Angsaar:] Feh! Submeta-se a mim, jogue sua espada ao chão! Obedeça e eu prometo que sua morte será rápida, se não completamente desprovida de sofrimento!

[O Rei:] Eu o desafio!

[Lord Angsaar:] Hyperborea cairá! Sua corte se tonará o coração de meu novo domínio! Seus súditos se tornarão meus lacaios, portando as gloriosas ações de minha soberania com um doce louvor em seus lábios!

[O Rei:] Eu sempre irei te desafiar!

[Lord Angsaar:] Então sua dor irá encravar uma nova lenda de sofrimento nos obeliscos noturnos das Trevas Exteriores, e nem mesmo esta maldita lâmina adamantina de aço negro te salvará! Morra!

[O Rei:] Então, começa a batalha final! Para o combate nós avançamos! Pela eterna glória de Hyperborea!

[Altarus:] E o Soberano do Caos invocou os remanescentes de sua horrenda horda-espectral, comandando o profano exército a mais uma vez se jogar como uma maré negra contra as agora ensangüentadas, porém ainda afiadas, lâminas de aço dos destemidos sobreviventes de Hyperborea. Com os encantos do Nono Cristal ainda crepitando no ar próximo ao Templo, as incorpóreas manifestações dos espectros estavam mais uma vez transmutando-se em pseudo-carne escamosa, vulneráveis ao toque das lâminas dos esgotados companheiros de guerra do Rei. Mobilizando suas tropas novamente, o Herdeiro Real de Hyperborea partiu para dentro das massivas hordas do mais baixo nível do terror, sua encantada lâmina escura decepando centenas à esquerdae centenas à direita, deixando uma nociva e viscosa trilha de demônios esquartejados em agonia. O Arce-Espectro de Lord Angsaar, aquele mesmo horror bestial que atacara o Rei e tomado o Cristal de Mera de seu punho metálico, mergulhou gritando do céu escarlate em uma tentativa de extinguir a força-vital do monarca Hiperboreano, mas a benfeitora lâmina do Rei foi mais rápida, e com um clarão de uma nociva luz verde e um pouco de fumaça, a cabeça do Arce-Espectro rolou pela terra encharcada de sangue, sua face estupefada eternamente congelada numa grotesca paródia de “desmorte” . E mais uma vez, como uma purificante tempestade de fúria e justiça, os heróis de Hyperborea descarregaram seu aço frio e sua disciplina marcial sobre os cães uivantes do Caos.

[Xerxes:] E ainda assim eu percebo que os números da horda dos espectros estavam sendo reforçados pelas magias do renascido Soberano do Caos... para cada temível horror cortado por uma lâmina Hyperboreana, mais três eram invocados das Trevas Exteriores pelas maquinações de Angsaar. Até mesmo a coragem e a severa determinação da valente tropa do Rei não poderia esperar prevalecer contra tão esmagador inimigo. Mas a última, a melhor esperança ainda restava, fortemente apertada pelo punho do Rei! A Espada das Sombras!

[Altarus:] Sua percepção é clara, jovem Xerxes. A essência vital do arqui-inimigo de Angsaar ainda estava presa no interior da espada estígia desde do último embate cataclismíco entre os dois, muitos éons atrás, e esta peça de aço negro falou mais uma vez com o Rei na mesma antiga língua morta que ardera em sua mente nas profundezas interiores das Montanhas dos Mortos. Restava apenas uma esperança para derrotar Angsaar, mas ela carregaria consigo um preço terrível para o Rei.

Capítulo 8: O Retorno do Imortal

[Os Ecos do Imortal:] Escute-me, nobre Rei de Hyperborea. Muito tempo atrás, antes da vida se desenvolver dos oceanos ferventes da esfera primordial, eu travei uma furiosa e sangrenta batalha contra o Soberano do Caos pela posse dos sagrados Cristais de Mera, fragmentos de um potencial mágico tão incrível que nem mesmo o próprio Léxico Empírio não era um prêmio à altura. Embora eu tenha obtido sucesso no ataque ao ser da escuridão e ao aprisioná-lo em sua Câmara do Sono, fui esmagado até a beira da dissolução pelas abominações do Caos, e assim eu transferi minha essência vital para a Espada, a mesma lâmina que agora você segura. Eu enviei minhas energias que se extinguiam para ocultar a espada da vista do homem até a hora em que seria novamente necessário empunhá-la contra o Caos ... sim, até a hora em que Angsaar fosse reacordado. Fui eu quem o guiou para o montanhoso local de descanso da lâmina quando meu arqui-inimigo o marcara como protagonista central de seu plano pra recuperar o Cristal Primordial, oh Rei do Norte. Para destruir completamente o Soberano Negro do Caos, você deve unir sua essência com a minha... nós devemos fundir nossas forças vitais e nos tornarmos um só, assim todo o meu poder pode ser desencadeado contra Angsaar mais uma vez. Mas este último ato demanda o mais severo dos custos, oh nobre monarca... Para tornar-se apenas um com a essência imortal da Espada das Sombras, é necessário sacrificar sua própria mortalidade para sempre, e abandonar eternamente o mundo dos homens. Você está preparado para pagar este preço, Rei de Hyperborea?

[O Rei:] Para preservar a soberania de meu reino e salvaguardar meu povo das forças das trevas? Aye! Pois minha realeza não demanda de nada menor que isto! Que seja... que este último ato seja feito!

[Os Guerreiros de Hyperborea:] IMPERIUS REX!

[Lord Angsaar:] Que gesto fútil é este? Malditos sejam, homens! Vocês não conseguem aceitar sua inevitável derrota?

[O Rei:] Vá, serviçal do Caos! Sua nêmese te aguarda! Retorne para as Trevas Exteriores!

[Lord Angsaar:] Seu tolo! Você não consegue compreender suas ações! Eu lhe ofereci o doce esquecimento, e ao invés disso você escolhera a tortuosa danação!

[O Rei:] Eu preferiria sofrer a danação por mil vezes do que dobrar meus joelhos ao Caos!

[Altarus:] E uma grande quietude desceu sobre o Campo de Sangue. Severamente, lentamente, o Rei segurou a Espada das Sombras ao alto e disse aquelas sinistras palavras de poder que foram marcadas permanentemente em sua alma. Tentáculos contorcidos de um escuro-anoitecido, energia reluzente sendo lançada da superfície da lâmina. Entrelaçando o Rei numa pulsante crisálida de fervente poder mágico. Seus olhos brilharam numa profunda luz rubra com uma radiância claramente não nascida deste mundo, e forças que pernaceram dormentes desde antes da queda da Terceira Lua finalmente despertaram de seu sono de éons atrás...

[Lord Angsaar:] Não... minha nêmese eterna, você não me frustrará! Abominações ascendam! Destruam esses mortais que nos aborrecem como o zunido de moscas aborrecem um titã! Arrastem suas imprudentes almas para o abismo!

[Os Guerreiros de Hyperborea:] Devastação é a ordem! Venham, demônios do vácuo inferior... encarem a morte nas nossas mãos!

[Lord Angsaar:] Glorioso Caos! Pelo coração cristalino de Mera eu aceito seu desafio!

[Os Guerreiros de Hyperborea:] Glória eterna! Por nosso Rei e pela sagrada Hyperborea!

[O Rei:] Nobres guerreiros de Hyperborea... Eu saúdo vossa coragem inabalável. Esta será minha última ordem a vocês. Agora venham... sigam seu Rei em batalha uma última vez. Para o combate nós cavalgamos... Pela eterna glória de Hyperborea!

[Angsaar:] O círculo se fecha... vocês não podem resistir à inegualável força do Caos e à primorosa majestade de Z’xulth! Eu desencadearei todos os horres das Trevas Exteriores contra vocês! Contemplem a verdadeira extensão de meu poder... Minha carne é um templo onde todos os demônios habitam!

Va'an Zurra, Ultaar Maaloth, Amaal-pha-gus, Me'zaa maalech!

Va'an Zurra, Ultaar Maaloth, Amaal-pha-gus, Angsaar Z'xulth!

[Os Guerreiros de Hyperborea:] Resistam! Clamem devastação pela glória e a aniquilação dos titãs do Caos! A glória da batalha finalmente está próxima! Nós lutaremos até o último homem!

[O Rei:] Por todos os deuses de Hyperborea... um legado será forjado por nossas lâminas.... nossa lenda viverá para sempre! Ouça-me, Angsaar! Minha humanidade se esvai... minha mortalidade dissipa-se como a escuridão ante do beijo brilhante do amanhecer! Vamos acabar com isto... Que esta seja nossa batalha final!

[Altarus:] E assim foi gravado no códice eterno dos céus a imortal lenda do Império Hyperboreano.

[Xerxes:] Mas mestre Altarus... qual foi o resultado do embate? Que efeito o poder do Imortal teve sobre o Rei? Ele finalmente derrotou Angsaar e os horrores surgidos das Trevas Exteriores?

[Altarus:] Ah Xerxes, ninguém sabe o resultado final da batalha. Até mesmo o Grande Olho do Universo e as Névoas do Oráculo são incapazes de averiguar o destino do Rei e de seu exército naquele fatídico amanhecer. Tantos poderes arcanos imparelháveis e polarizados foram despejados sobre o Campo de Sangue naquele instante que obscureceram permanentemente a visão do Oráculo e esconderam a verdade dos olhos até mesmo do mais talentoso e persistente mestre do Praxeum. Hoje, Hyperborea é apenas uma memória, uma lenda gloriosa que descansa no mesmo túmulo incompreensível, e assombrado, que a mítica Lemúria e a fabulosa Atlântida.

[Xerxes:] Eu farei disso uma prioridade, descobrir a verdade, mestre. Eu juro que irei canalizar todas as habilidades que aprendi aqui no Praxeum para descobrir o destino final do Rei de Hyperborea!

[Altarus:] E eu creio que você possa ter sucesso, meu jovem aprendiz. Mas qualquer que seja o caso, uma coisa é certa. Enquanto as lendas durarem no cósmos e os feitos dos heróis forem celebrados nos anais da eternidade, ninguém que olhar no amedrontador além das névoas e for abençoado a contemplá-las se esquecerá do esplendor de mil espadas brilhando sob o brazão do império Hyperboreano.

O fim...?

[Letra: Lord Byron Roberts]

[Música: Jonny Maudling]

[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]