sexta-feira, 20 de abril de 2012

03 - O Léxico Empyreo


O Guardião do Fragmento Negro: Então, começa novamente.  O eterno confronto pelo domínio do códice cristalino. Eu havia previsto este dia, o dia em que o Cão de caça dos Z’xulth viria buscando o Fragmento Negro do poder.  Muito tempo atrás, quando esta estrela ainda ardia brilhantemente com uma vida gloriosa e incandescente, fui encarregado com a tarefa de proteger isto, o fragmento mais perigoso do Léxico, guardando-o do toque daqueles que abusariam de seu potencial inigualável. É um mandato ao qual eu devo seguir enquanto a fagulha da vida permanecer no interior de minha forma anciã. Tão frios são os espaços entre as estrelas... Pois sóis enegrecidos são o único legado de mundos há muito perecidos.

Zurra: A chave para o mundo da Transcendência! A chave para o mundo da Transferência! Iluminação flui do icosaedro! O Fragmento Negro aguarda minha mão, e com seu poder eu libertarei os donos legítimos do Léxico... os verdadeiros governantes do cosmos! Salvem os Z’xulth! Salve Z'xulth!
X’atham-ry’aa! Tha’zai-tonn!
Mais negros que vinte infernos,
Onde horrores astrais vivem,
Reinos macrocosmicos flamejem...
Presas dos demônios que não têm nomes!
X’atham-ry’aa! Tha’zai-tonn!
Mais negros que vinte infernos...
Onde horrores astrais habitam sublimes,
Reinos macrocosmicos flamejem...
Dobrem-se aos deuses que não têm nomes!

O Guardião do Fragmento Negro: Tão frio, no coração de uma estrela congelada... Segure tua mão e tua língua, escravo das Trevas Exteriores...  Certamente você não é tão tolo ao ponto de ousar libertar os terríveis Titãs dos Z’xulth!

Zurra: Escondido dentro do núcleo flamejante deste sol está o que busco, velho. Não tente me deter, permita que os horrores do esquecimento sejam um bálsamo para a sua mente apodrecida pelo tempo. Eras atrás eu travei guerras lado a lado dos Z’xulth, causando a ruína de nossos inimigos através da tapeçaria intricada do cosmos, martelando os alardeados Kl’aa e seus cães até à beira da aniquilação! Com a libertação de minha irmandade, o universo mais uma vez tremerá aos passos de seus regentes legítimos! O Léxico será meu... Contemple o códice cósmico! O tomo do abismo astral!

O Guardião do Fragmento Negro: Pelos eternos antepassados do multiverso! O mal permeia sua alma como uma corrupção gangrenosa dentro de uma ferida maligna, jovem prole do Caos! Eu testemunhei sua criação dentro dos Tanques Chocadores de Mera sob as profundezas dos oceanos Pré-Cambrianos! Você foi um experimento glorioso, a primeira descendência genética do poderoso Zuranthus, o grandioso de quem seu modelo genético foi utilizado para a sua gênese.  E ainda assim a traição vil movia-se, pois sua matriz foi contaminada pelas células de um demônio capturado dos Z’xulth. Nunca antes as miríades galáxias testemunharam ódio tão imprudente e inextinguível... nunca o cosmos contemplara  tanta ira e corrupção inigualáveis! Tamanho mal diabólico... sublime malevolência macrocósmica!

Zurra: Tornei-me muito mais do que os Sucedâneos pretendiam! Fui descartado pelos meus criadores, um praia e uma aberração... jogado nas profundezas sem luz do Poço da Chama Negra... Mas eu resisti, e sonhos de vingança me sustentaram! Eu serei o pai da nova raça suprema que cruzará o cosmo e trará o glorioso abraço das Trevas Exteriores a todos os habitats da criação! Os Z’xulth governarão tudo, e a glória de seu reinado brilhará como um farol furioso através da extensão ilimitada do multiverso! Todos deverão se ajoelhar perante nós! Medo é o poder... Terror é a chave!
X’atham-ry’aa... Tha’zai-tonn!
Estou repleto do domínio soberano! O portal para as Trevas Exteriores será aberto! Aqueles-Que-Espreitam-E-Procriam-No-Limbo serão livres!
Eu venci... curvem-se, rendam-se, ajoelhem-se!
Escureçam o Sol... Narra, Gorra, Kaasha!
Ascendo... curvem-se, rendam-se, ajoelhem-se!
Parélio morre... Narra, Gorra, Kaasha!
Já consigo provar os doces icores da onipotência sobre meus lábios... Que comece! O Fragmento Negro será meu!
X’atham-ry’aa j’aiigh! Tha’zai-tonn nax’a-gorrha!

O Guardião do Fragmento Negro: Pelas sucedâneas asas grisalhas de Klatrymadon! Estou sendo golpeado pelo diabolismo do Cão de Caça de Z’xulth! A vida é drenada de mim, as estrelas tremeluzem e desvanecem nos céus!  Estou arruinado pela lâmina envenenada do mal! E assim com meu último suspiro, eu invocarei aqueles que ainda podem frustrar seu anseio por poder, Zurra prole de Zuranthus! Tão frios, os espaços entre as estrelas...

Zurra: X’atham-ry’aa... Tha’zai-tonn... O Fragmento Negro é meu! Combinado com o poder do icosaedro, o fragmento cristalino aumentará dez vezes minhas energias anoitecidas! Com cada peça nova que se encaixa em seu lugar, o grande quebra-cabeça cósmico ixonerávelmente continuará a iluminar meu caminho para o poder supremo! O Portão Astral escancarará mais uma vez e minha laia sombria novamente conhecerá a glória da liberdade sem correntes... e juntos, nós recuperaremos os fragmentos restantes do Léxico e aniquilaremos completamente os antigos inimigos do Z’xulth! Mas primeiro, sinto que uma audiência com meu renomado progenitor já está mais que atrasada... e ainda voto para que não seja uma reunião favorável! O sangue de Zuranthus ungirá minha lâmina de zircon, isso eu prometo a ti!

O Guardião do Fragmento Negro: Tamanha carnificina moldada com sua língua malevolente, ser negro... Quais  horrores incompreensíveis moram no interior de sua maldita alma sem luz? O que fará uma vez que o poder do códice estiver em suas mãos maléficas? Seja cauteloso Zurra, pois o Léxico consome todos aqueles que buscam manipular seu poder insustentável! Sua mente é forte o suficiente para portar o poder de um deus, oh cria do Z’xulth? Não atenda à voz do Léxico... ou seus sussurros o levarão à loucura!

[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]

02 - Os Viajantes Sob Mare Ibrium



Palavras recolhidas do Cristal da Memória:
Viajantes, algo nos chama... outros nos conhecem simplesmente por Kl'aa. Nosso nome verdadeiro fora perdido além do véu da eternidade por mais tempo do que até nós mesmos possamos compreender. Viajantes nós somos por natureza, atravessando os intermináveis reinos do multiverso e prestando testemunho a atos de criação sublime, e à ações de destruição cataclismica. Não muito tempo atrás pelo cálculo do fluxo temporal, nós registramos o nascimento da humanidade, uma curiosa espécie projetada aos caprichos dos sucedâneos Merans com os quais nós dividimos o dominío de míriades de galáxias. Nossos inimigos são muitos, dentre os quias estão os temíveis Z’xulth, aprisionados no inteior da temida Galáxia Negra, mas sempre tramando para se libertarem e honrarem seu mandato negro, desencadeando sua devassa obliteração sobre o universo e escravizando as raças inferiores do cosmo. Aye, nós somos antigos, e já haviamos previsto a hora de nossa passagem dos anais da criação. De um tempo além do tempo, nós viemos. Nós, que uma vez erguemos as ondas do grande mar astral... e que agora devemos lutar novamente pelo dominío das estrelas...

Súplica do Mestre das Chaves da Quarta Lua:
Desperte... desperte! Esfera Telúrica!
Desperte! Acene para a lua... Telúrica!
Resurgente... sob a lua... Efêmoro... Sonhando para sempre...
O núcleo cristalino foi ativado novamente, após incontáveis éons de dormência!
As salvaguardas estão ativadas! O Léxico Empyreo está chamando! E Ele que dorme contigo, o Cão de Caça dos Z’xulth, ouvira seu incesante chamado! Zurra despertera!

Zurra: Por todos os deuses negros dos Z’xulth! A vida flui atavés de meus músculos sucedâneos mais uma vez! Por muito tempo eu aguardei, por muito tempo eu dormi, meu poder  negado pelas maquinações de meus inimigos! Que incompreensíveis eras passaram-se durante meu encarceramento sob esta esfera desolada? Preparem-se rápido, Viajantes arrogantes! O híbrido arruinado descartado por seus progenitores está livre novamente! Meus irmãos serão libertados! O Léxico será nosso! O grande selo luar foi quebrado... nós estamos livres... livres para governar! É chegada a hora... é chegada a hora!

O Viajante Primordial: Por mais de dez mil anos nós dormimos sob estas craterosas pedras sem vida... O núcleo cristalino do Léxico finalmente fora exumado do abraço das areias rubras da quarta esfera! Nosso poder, antes drenado por termos travado a batalha épica com os emisários da sombra, está finalmente renovado! Os filamentos da criação flamejam novamente com energia astral! As veias do cosmo podem pulsar novamente, cursando com a mana sideral que empodera nossas almas atemporais! Nós ouvimos o suspiro de mil almas... agora finalmente escutaremos o chamado do cosmo mais uma vez! A batalha pelo Léxico deve começar novamente!

Zurra: Tolos! O Portal da Luz Negra fotificara-se. Resta somente uma lua na órbita desta penosa esfera azul. Os choramingantes símios- humanos cumpriram uma parte do potencial que os Mera teceram em sua configuração genética... os homens descobriram o icosaedro!  O chamado do Léxico pode ser novamente ouvido por todo o sistema estrelar, chamando meus irados irmãos para retornarem ao abraço carnificinico do combate! Nós vencemos! Este mundo insignificante tão prezado pelos Sucedâneos será o primeiro a sentir a fúria dos verdadeiros deuses! A esfera azura é nossa... nossa para escravizar! Todo o universo em si há de se tornar o dominío dos Z’xulth!

O Viajante Primordial: Você! Você que fora abraçado pelas insidosas manipulações d’Aqueles-Que-Espreitam-E-Se-Geram-No-Limbo... Você que jurou devoção ao nosso mais escuro inimigo... aliando-se com os temíveis titãs dos Z’xulth...  Vá-se embora de minha vista, traidor! Fora, Zurra... demônio hibrído do vácuo-inferior! Venham, companheiros de viajantes cansados... a guerra está longe de ser vencida. Nós devemos nos entrelaçar e mais uma vez nos prepararmos para a batalha. Os fragmentos do Léxico devem ser guardados das embreagens do caos! Libertem-se das amarras do sono... a galáxia susurra nosso nome.

Súplica do Mestre das Chaves da Quarta Lua:
Viajantes! Despertem! Acenem para a lua, apoderai-vos com as energias da teia sideral. Sejam reabastecidos! Ressurgentes! Sua nêmese busca vingança! Zurra se apoderou do icosaedro... o núcleo do Léxico! Os Espectros dos Fragmentos devem ser negados a eles! Que ele não domine o firmamento! Escravize as estrelas! Por Klatrymadon e Zuranthus, o Portão Astral deve permanecer fechado!

Zurra: Escutai, prosélitos de uma raça morta... Meu poder será absoluto... maior até mesmo que o do antigo Mera! Com a ajuda de meus irmãos negros eu esmagarei a esfera Telúrica, e os flácidos sacripantas que se empenharem em vão para salvaguardá-la...  Nós buscaremos o próprio coração de nossos inimigos, o mundo natal dos  Sucedâneos! E vocês, seus lacaios serão largados aos restos! Sim... O sonho acabou! Agora, que a vingança comece!
[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]

terça-feira, 17 de abril de 2012

01 - O Despertar das Estrelas

Revisto no Mandato da Ascensção:
Com apenas um gesto de minha mão incórporea ilumino o coração de um sol recém-nascido, Celebrando como sua incandecente  radiância estrelar engole minha forma sucedânea. Contemplando através do ilimitado, do cósmo estígio,
Eu ouço a voz susurrante do destino ecoando pelos ventos solares...
Não é uma tarefa pequena, acordar um universo de seu topor.

Palavras coletadas do Cristal da Memória:
Em 2014, escavações litológicas na Quarta Colônia de Marte desenterraram um artefato de origem desconhecida, aparentemente não-humana; um icosaedro de uma composição metálica, não terrestre, desconhecida, inscrito com estranhos signos e glifos, indecifráveis. Após longos meses de estudo intenso, experts em epigrafia na Terra descobriram um tênue paralelo entre a línguagem desconhecida do icosaedro e certos hieroglifos Astecas obscuros, e assim foram capazes de extrapolar um significado para as inscrições não terrestres. A tradução falava de um lendário receptáculo de conhecimento supremo conhecido como o Léxico Empyreo... um códice de origem alienigina que diziam conter incríveis segredos cósmicos; palavras arcanas e ondas psiônicas de poder  que eram as chaves para destrancar uma rede de tranferência-neural de portais conectando as míriades galáxias do multiverso, e também os meios de transceder as fronteiras do tempo-espaço continuum, permitindo seres corpóreos a viajarem entre as dimensões e trafegar à vontade pelos reinos desconhecidos que se escondem entre os universos, tocando as energias infinitas que permearam o tecido sideral do cosmos. A tradução do icosaedro de Marte também contavam sobre um perturbador conflito pangalático que foi travado pela posse do códice entre os misteriosos seres cósmicos que nomeavam a si mesmos como os guardiões do Léxico e algum terrível inimigo sombrio mencionado vagamente no texto alien. A batalha final desta guerra de poder cataclismíco aparentemente fora travada no próprio sistema solar da Terra, e os Guardiões do Léxico, com seu poder esgotado e balançando à beira da derrota, despedaçaram o Léxico em miríades de fragmentos, espalhando-os pelo sistema estrelar para impedir os segredos do Léxico de caírem nas mãos de suas nêmeses sombrias. Segundo o artefato Marciano, vários fragmentos do Léxico foram escondidos no terceiro planeta do Sol, a própria Terra. Um fragmento foi secretado na antiga Atlântida, outro em Lemúria. Outras peças do códice cósmico caíram em Ys e em Mú, uma terra velada pelos éons. Era dito ainda que outros fragmentos do Léxico foram escondidos em algum lugar sob a superficíe congelada da desolada lua Callisto, e nos outros misteriosos corpos celestes Hyperion e Titan. Finalmente, o artefato alien falava misteriosamente de algo escondido sob a craterosa superficíe da própria Lua da Terra. Averiguando as coordenadas do icosaedro de Marte, uma expedição embarcou imediatamente da Base Lunar Epsilon IV e começou a escavar a esfera lunar. Então uma advertência oculta fora ignorada, e ninguém poderia saber o que esperar enquanto as maquinações da humanidade violavam a antiga superficíe da cratera Mare Imbrium...

[Letra: Lord Byron Roberts]
[Música: Jonny Maudling]
[Tradução & Adapatção: Lucas F. Corrêa]